Segundo um levantamento de audiência feito em dezembro de 2015 pelo TNS Web Index, a VK tem 46,6 milhões de usuários mensais na Rússia, contra 21,6 milhões do Facebook. No mundo, a empresa diz ter 90 milhões de usuários ativos por mês. A rede social também é conhecida pelo seu nome original, "VKontakte".
O vendedor dos dados é o mesmo hacker que comercializa os bancos de dados roubados das redes sociais LinkedIn e MySpace. Ele é conhecido como "Peace". Assim como os dados das redes sociais americanas, os dados vazados do VK não são recentes. Estima-se que eles tenham sido obtidos entre o final de 2012 e o início de 2013.
Em um comunicado, a VK negou ter sido hackeada. A companhia disse ter tomado diversas medidas para proteger os usuários, incluindo a adoção de autenticação de dois fatores, e afirmou que o pacote não inclui um login válido para usuários ativos desde 2012 por conta desses avanços na segurança do site. Mesmo assim, o site diz que vai obrigar uma alteração de senha para os usuários afetados.
Existe a possibilidade de que o conjunto de dados seja falso e tenha sido "costurado" a partir de dados de outras fontes. Em uma análise do site "Motherboard", que teve acesso aos dados, 92 de 100 contas do pacote, escolhidas aleatoriamente, corresponderam a contas ativas no VK.
Segundo o site "ZDNet", o pacote completo dos dados teria um total de 171 milhões de registros. Porém, tanto o conjunto disponibilizado para venda como o que foi obtido pelo site "LeakedSource", que reúne dados vazados, contém 100 milhões de registros.
Se a VK não foi hackeada, não está claro como o hacker poderia ter obtido tantos registros de usuários da rede. Um comunicado do VK diz que usuários precisam ter cuidado ao instalarem programas em seus computadores, dando a entender que as senhas poderiam ter sido capturadas por programas espiões.
Fundador criou Telegram e tentou empregar Snowden
O fundador da rede social VK, Pavel Durov, é também o criador do programa de mensagens Telegram. Durov foi obrigado a fugir do país após contrariar as autoridades e negar-se a entregar informações sobre dissidentes ucranianos.Em 2013, quando ainda comandava a rede social, Durov ofereceu emprego ao ex-analista da CIA Edward Snowden, a quem chamou de "herói pessoal". Snowden não aceitou a proposta. Em dezembro de 2015, o ex-analistas, que tem asilo político na Rússia, também criticou a configuração padrão de segurança do Telegram.
*Informações da Agência Brasil
*Imagem: Ilustrativa
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