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quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Tragédia da Chapecoense: um ano do acidente que uniu o futebol


O dia 29 de novembro está eternizado no calendário do futebol brasileiro. Não por um jogo histórico, gol de placa, jogada incrível, tão pouco o nascimento de algum gênio da bola, mas sim pelo sentimento de tristeza e comoção que atingiu todos os brasileiros, não somente fãs de futebol. Na manhã do fatídico dia, uma terça-feira, o Brasil acordava com a notícia de que o avião da empresa boliviana LaMia, que levava a equipe da Chapecoense para a disputa da final da Sul-Americana, havia caído. Na aeronave, além dos atletas, toda a diretoria da equipe, comissão técnica, jornalistas e os tripulantes haviam sido vítimas de um erro que custou o sonho de um time, de uma cidade, de um país.

Em 2016, depois de ser eliminada na Copa do Brasil para o Atlético Paranaense, a Chapecoense foi disputar a Sul-Americana, como previa o regulamento do mata-mata nacional.
Começou a competição batendo o modesto Cuiabá Esporte Clube. Depois, partiu para um desafio enorme, enfrentar o Independiente da Argentina, um dos maiores campeões continentais da América do Sul. Conseguiu a classificação. Passou pelo Júnior Barranquilla nas quartas de final e nas semis encarou o San Lorenzo, time do Papa Francisco. Chegar até a final não foi fácil. Uma defesa monumental do goleiro Danilo, caprichosamente no último minuto da partida, deu a Chape a oportunidade de disputar seu primeiro título internacional.

Além dos quase 210 mil habitantes da cidade de Chapecó, segundo o levantamento feito pelo IBGE este ano, a Chapecoense conquistava o Brasil com sua determinação, profissionalismo e carisma. Com a Arena Condá, casa do Alviverde, sempre cheia, a equipe modesta, comparada a outros times da elite nacional, dava uma aula de comprometimento e trabalho bem feito, dentro e fora dos campos.

Depois da classificação, a expectativa para uma possível conquista histórica dominou o país. A equipe ganhava a torcida de quase todos os brasileiros. A partida seria a primeira final que o clube disputaria fora do Brasil. Seria.

Depois de embarcar na segunda-feira, dia 28 de novembro, no aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo, a equipe parou na cidade de Santa Cruz de La Sierra, onde a delegação enfim entrou no avião da empresa Lamia, com destino a Medellín, onde disputaria a primeira partida. No entanto, o pouso na capital colombiana nunca ocorreu.

Das mais de 70 pessoas na aeronave, apenas cinco pessoas sobreviveram ao acidente. Entre os atletas, o goleiro, Jackson Follman, o lateral, Alan Ruschel e o zagueiro Neto. Também resistiram a queda da aeronave, o jornalista Raphael Henzel e a comissária Ximena Suarezs.

O Atlético Nacional abriu mão do título. A Chapecoense foi declarada campeã da Copa Sul-Americana de 2016.
Para se manter viva em 2017, a Chapecoense contou com o apoio e solidariedade de muitos parceiros. Diversos times brasileiros disponibilizaram jogadores para o clube remontar o elenco, torcedores de outras equipes se associaram ao Verdão do Oeste para ajudar o clube financeiramente, além de doações organizadas por diversas frentes e entidades. Naquele momento, a Chapecoense tinha se tornado uma espécie de filho do futebol brasileiro, onde todos se sentiam responsáveis diante dos acontecimentos.

Como uma fênix, a Chapecoense teve que perder tudo para renascer com uma força ainda maior do que a que tinha, quando chegou a seu maior momento esportivo.

A equipe deixou de ser um time modesto do oeste catarinense para se tornar um time mundial, reconhecido em qualquer lugar do mundo e respeitado por todos. Para a Chape, taças e tempo de clube não são, necessariamente, sinônimos de grandeza. Na Arena Condá, cada dia vivido, superado e renascido representa um novo título. Que o grito que ecoou na voz de muitos torcedores permaneça no coração de todos os brasileiros: Vamos, vamos, Chape!

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