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sábado, 5 de dezembro de 2015

Paraná define fluxo de atendimento aos casos suspeitos de microcefalia

O Governo do Paraná divulgou nesta quinta-feira (3) o protocolo estadual que define o fluxo investigação, notificação e atendimento aos casos suspeitos de microcefalia identificados no Estado. O objetivo é preparar a retaguarda de assistência a gestantes e bebês vinculados à Rede Mãe Paranaense, tendo em vista o aumento no número de casos de microcefalia em diversos estados do país.

Toda a estratégia de atendimento foi apresentada durante videoconferência promovida por técnicos da Secretaria Estadual de Saúde, em Curitiba. O evento serviu para esclarecer dúvidas das equipes de hospitais, municípios, regionais de saúde e comunidade científica quanto à relação entre a infecção pelo zika vírus e a ocorrência de microcefalia. Ao todo, mais de 400 pessoas acompanharam a transmissão e puderam interagir com os especialistas.

“As gestantes do Paraná já têm acesso a pré-natal de qualidade, com sete ou mais consultas e a realização de todos os exames necessários. A situação nacional é um alerta para que seja redobrada a vigilância com nossas gestantes e bebês”, disse o secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto.

Segundo o protocolo do Paraná, toda gestante com diagnóstico de microcefalia fetal intraútero será considerada de alto risco e terá à disposição acompanhamento especializado pela Rede Mãe Paranaense. Esta confirmação poderá ser feita através de ultrassonografia de rotina, no pré-natal, já a partir do terceiro mês de gestação.

Para a superintendente de Atenção à Saúde, Márcia Huçulak, isso reforça ainda mais a necessidade das futuras mães fazerem todos os exames e comparecerem a todas as consultas indicadas no pré-natal. “Com o diagnóstico confirmado, a gestante será encaminhada para receber atenção especial nos Centros Mãe Paranaense e nos ambulatórios dos hospitais de referência. Desta forma, o bebê terá o que há de melhor em estrutura e equipe de especialistas”, afirmou.

NÚMEROS – Somente neste ano, quatro casos de microcefalia já foram notificados no Paraná. A princípio, o número está dentro da média registrada nos últimos anos, que é de oito ocorrências. A investigação conduzida pela Secretaria da Saúde apontou que nenhuma das ocorrências está relacionada à infecção por zika.

Até o momento, o Estado contabiliza sete casos, sendo apenas dois autóctones (quando a infecção ocorre dentro do próprio estado). Trata-se de um casal de moradores de São Miguel do Iguaçu, no oeste do Estado, que manifestou os primeiros sintomas da doença no mês de maio e que não haviam saído da cidade. Os outros cinco casos são importados, ou seja, pessoas que se infectaram fora do Paraná: em Maceió (Alagoas) e Recife (Pernambuco) e foram atendidos no Estado.

DEFINIÇÃO – A microcefalia é uma malformação congênita em que o bebê nasce com o crânio em tamanho menor que o padrão, de acordo com a idade gestacional e o sexo. Em linhas gerais, esta condição acarreta sérios prejuízos ao desenvolvimento cognitivo da criança, sendo que em 90% dos casos leva ao retardo mental.

Segundo a assessora da Rede Mãe Paranaense, Débora Bilovus, por enquanto não há tratamento específico para a microcefalia. “O que a rede pública de saúde oferece é todo suporte de especialistas para auxiliar no desenvolvimento saudável do bebê, levando-se em conta as funções comprometidas por esta anomalia”, afirmou.

VIGILÂNCIA – Para monitorar a ocorrência de casos no Paraná, a Secretaria de Estado da Saúde orienta as equipes de saúde a notificar tanto casos de gestantes com histórico de febre e manchas vermelhas na pele, quanto casos suspeitos de microcefalia. As notificações devem feitas às autoridades de vigilância através do site www.resp.saude.gov.br. A ação é essencial para que o Estado e o Ministério da Saúde monitorem o comportamento do surto no país.

“Isso não isenta o registro dessa notificação também na declaração de nascido vivo, através do sistema de informação próprio (Sinasc)”, disse a coordenadora do Centro de Informações e Respostas Estratégicas às Emergências de Vigilância em Saúde (CIEVS), Mirian Woiski.

Inicialmente, cinco hospitais do Paraná serão referência para receber bebês com microcefalia: Hospital Universitário de Londrina (UEL), Hospital Universitário de Cascavel (Unioeste), Hospital Universitário de Maringá (UEM), Hospital Infantil Waldemar Monastier (Campo Largo) e Hospital Pequeno Príncipe (Curitiba). Eles serão responsáveis por atender toda a demanda do Estado.

O protocolo na íntegra está disponível no site www.saude.pr.gov.br (banner Zika e Microcefalia). As informações detalhadas constam na nota técnica 01/2015 da Superintendência de Atenção à Saúde, também distribuída aos serviços de saúde públicos e privados, prefeituras, associações e conselhos profissionais do Estado.

SURTO NO PAÍS – Dados do Ministério da Saúde revelam que até a última semana 1.248 casos de microcefalia foram notificados em 14 unidades da federação. O estado de Pernambuco é o que concentra o maior número de casos (646), sendo o primeiro a identificar aumento de microcefalia em sua região.

Em seguida, estão: Paraíba (248), Rio Grande do Norte (79), Sergipe (77), Alagoas (59), Bahia (37), Piauí (36), Ceará (25), Rio de Janeiro (13), Tocantins (12) Maranhão (12), Goiás (2), Mato Grosso do Sul (1) e Distrito Federal (1). Entre o total de casos, foram contabilizadas sete mortes de bebês com microcefalia.

Veja as principais recomendações para as gestantes neste momento:


- Fazer acompanhamento com consultas de pré-natal, realizando todos os exames recomendados pelo seu médico;

- Não consumir bebida alcoólica ou qualquer tipo de droga;

- Não utilizar medicamentos, principalmente controlados (antidepressivos, anticonvulsivantes e ansiolíticos) sem a orientação médica;

- Evitar contatos com pessoas com febre, erupções cutâneas ou infecções;

- Se houver qualquer alteração no estado de saúde da mulher, principalmente até o 4º mês de gestação, comunique o fato ao profissional de saúde para as devidas providências no acompanhamento da gestação;

- Adotar medidas que possam reduzir a presença de mosquitos transmissores de doenças (Aedes aegypti), eliminando os criadouros (retirada de recipientes que tenham água parada e cobertura adequada de locais de armazenamento de água);

- Adotar medidas de proteção contra mosquitos com manutenção de portas e janelas fechadas ou utilizar redes de proteção, usar calça comprida e camisa de manga longa e utilizar repelentes indicados para gestantes (ex. Icaridina exposis, DEET adulto 15% e IR3535).

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